quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

5° Capitulo da nossa fanfic, povo!

 Dia fatídico

Para quem achava que caçar horcruxes era uma tarefa fácil e quase entediante, Harry Potter tinha uma única resposta: "Venha caçar no meu lugar". Harry daria tudo para estar junto de Hermione novamente, para livrá-la daquela Doninha irritante, mas não podia, porque o futuro mágico estava em suas mãos. Harry entendia que era uma questão de honra derrotar Voldemort, porque ele matou seus pais, mas não entendia por que todos confiavam nele. Caramba, qualquer um poderia sair atrás das horcruxes e destruí-las se souber como — e Harry sabia que era difícil, mas não impossível — e qualquer um seria capaz de um Avada Kedavra e Voldemort morreria. E, de quebra, o autor do feitiço seria conhecido mundialmente como o Grande Salvador.

Harry bufou, quando chegou à floresta do Deão, lugar onde ficaria para procurar à próxima horcrux. Um dos lados ruins nessa caça é que ele não sabia onde estavam as horcruxes, porque Voldemort não deixava placas indicando o caminho. Harry decidiu que não procuraria horcruxes por um dia, e que isso não mataria ninguém — se você perdoar o trocadilho barato. Armou a própria barraca, que pegara emprestado com o Sr. Weasley que, por sua vez, pegou emprestado com um amigo no ministério, e ficou deitada na cama, pensando em sua vida. Ah, doce e trágica vida!

Pensou em como sua vida seria perfeita se pudesse largar tudo e ficar com Hermione. Se ele tivesse jogado o Malfoy na rua na primeira oportunidade que teve, ele não estaria com aquela sensação incômoda de que perderia sua Hermione para aquele louro oxigenado. É claro que Hermione jamais cederia a Draco, ela o odiava demasiado para isso, mas e se o louro a forçasse a algo? Harry não queria nem pensar no sonserino profanando o corpo da mulher que ele amava. Decidiu parar de pensar nisso, antes que voltasse àquela casa para socar certo louro.

Resolveu dormir um pouco, para amenizar os pensamentos que teimavam em lhe ocorrer. Virou-se para um canto, tirou seus óculos, pegou a varinha e deixou ao seu lado, e enfim fechou os olhos. Deixou-se ser levado pela inconsciência rapidamente, porque estava cansado. Seus sonhos eram sempre povoados por comensais, mas este era diferente. Os comensais continuavam a rondá-lo, mas Hermione estava amordaçada e amarrada em um canto, e Draco Malfoy sorria seu sorriso irônico e sádico, enquanto gritava “Crucio” para Hermione. Hermione gritou ao sentir o efeito do feitiço de tortura, e aquilo torturava Harry. O Menino Que Sobreviveu queria correr para ajudá-la, mas se desse um mínimo passo, os comensais o matariam. Ele gritava para que Malfoy parasse, gritava que foram eles quem deram abrigo ao sonserino quando ele precisou, mas Draco apenas respondia: “Eu estou apenas recuperando a honra perdida, Potter. Você entende, não é mesmo?”.

Acordou assustado, o rosto suado e sua cicatriz doía. Não imaginou que sua cicatriz alguma vez doeria sem ser quando sonhava com Lord Voldemort, mas a pressionou para que a dor parasse. Não parou, e só piorou quando Harry ouviu passos e vozes alteradas. Agarrou sua varinha, pegou seus óculos e os pôs, tentando ignorar a dor dilacerante em sua testa. Não entendia o motivo de sua testa estar doendo tanto, mas resolveu que pensar demais só traria mais dor, portando ficaria quieto, aguardando. As vozes silenciaram do lado de fora da barraca e Harry sabia que, se fossem bruxos, ele teria que duelar, porque ninguém saía pra acampar em tempos de guerra.

Levantou-se da cama, o mais silenciosamente possível, e andou até a abertura que daria passagem para o lado de fora. Espiou por um ínfimo buraco e percebeu que eram bruxos quem caminhava por ali, e não era bruxos quaisquer: eram comensais da morte. Harry se amaldiçoou por ter esquecido de pôr os feitiços de defesa, e engoliu em seco. Se os comensais fossem inteligentes, veriam aquela barraca e entrariam e Harry estaria condenado, porque o quê um garoto de dezessete anos, que não completou os estudos poderia fazer contra um grupo de sete comensais da morte, treinados e que tinham ordens expressas para trazê-lo ao mestre caso o vissem?

Os comensais se viraram e viram o brilho dos óculos de Harry, que sumiu para dentro da barraca. Harry reconhecia alguns dos comensais: Dolohov, Rookwood, os três Lestranges. Ofegou, correndo para se esconder em algum lugar dentro da barraca, mas o riso demoníaco de Bellatrix Lestrange arrepiava os cabelos em sua nuca. Os comensais invadiram a barraca, derrubando tudo à procura do rapaz. Bellatrix apenas comandava a situação, enquanto destruía alguns dos pertences do menino Potter.

Caminhou até a cama, onde havia um pequeno porta retrato quebrado. Uma foto bruxa de uma garota que não merecia a magia que corria em seu sangue sorria e acenava para quem a via. Quando a garota da foto percebeu quem a olhava, fechou a cara e virou-se de costas. Bellatrix riu. A menina Granger era tão tola! Tão tola quanto seu sobrinho que fugira feito o covarde que sempre fora. Olhou à sua volta, à procura do menino Potter, e se afastou da cama, jogando o porta-retrato no chão.

Embaixo da cama, Harry respirou aliviado. Reprimiu o ar para que não desse pistas de onde estava. Era arriscado estar ali, porque não haveria para onde correr se o descobrissem, mas foi o lugar mais seguro que achara. A Hermione do retrato o olhou e sorriu mais abertamente, acenando para ele. Quem passasse por ali, veria o retrato acenando e olharia embaixo da cama, e acharia Harry. Harry pediu silenciosamente para que o retrato parasse de acenar ou o descobririam, mas o retrato riu e continuou acenando. Harry se perguntou de quê lado aquela Hermione estava.

Rabastan Lestrange passou por ali, decidido a esperar do lado de fora, quando viu o retrato. A menina continuava a acenar, e aquilo o intrigou. Abaixou-se e pegou o retrato, que parou de acenar e olhou-o com olhos esbugalhados. Sorriu para o retrato e olhou embaixo da cama. Encontrou o menino Potter que estava escondido o mais longe possível do comensal, agarrado à varinha, mas antes que pronunciasse algum feitiço, Rabastan disse:

— Crucio!

Harry gritou de dor e agonia. Já havia sentido a maldição Cruciatus em Hogwarts, em seu quarto ano, quando Barty Crouch Jr fingiu ser Alastor Moody — que descanse em paz, seja onde estiver. Bellatrix fora atraída pelo grito do menino, e explodiu a cama, pouco se importando se machucaria o menino Potter. Seria até melhor se machucasse.

Harry estava encolhido no chão, a varinha esquecida, os óculos em um grau estranho em seu nariz. Pisou em cima do braço do rapaz, fazendo-o gritar ainda mais ao sentir seu osso protestar contra o salto da mulher e a força que ela impunha. Rodolphus se aproximara, junto dos outros quatro comensais, e sorriu ao ver a mulher fazendo aquilo. Bellatrix era sádica demais, e aquilo sempre o atraiu.

— Ora, o herdeiro Potter não aguenta uma mísera dorzinha? — Bellatrix zombou a voz quase infantil. Riu ainda mais. — Não sobreviveria em Azkaban, não é mesmo querido? Crucio!

Harry gritou ainda mais. A dor era dilacerante, e ele não conseguia pensar em mais nada, além daquele dor e a dor de seu braço, agora quebrado, porque Rabastan dera uma ajudinha à cunhada. Não conseguia mais focalizar os rostos de seus pais, de Hermione, de Sirius, dos Weasley... Apenas o de Bellatrix Lestrange que o torturava. Perguntava-se por que ela não o matava de uma vez.

— Só não o mato agora, porque Milorde o quer vivo. — ela disse, cuspindo em seu rosto. Harry fechou os olhos.

Bellatrix ordenou que Dolohov carregasse o menino, antes de desaparatar. Rodolphus e Rabastan fora em seguida, e logo os outros comensais os seguiram. Harry sentiu quando chegaram porque fora jogado no chão frio e áspero. Olhou para cima e viu Lord Voldemort, que o olhava com sincero interesse e triunfo.

— Harry Potter. — ele disse, a voz arrastada que lembrou a Harry o menino Malfoy que agora morava com sua namorada. — O menino que sobreviveu.

Os comensais ficaram em silêncio, cada um em seu lugar. Bellatrix assumiu seu lugar ao lado direito do Lord, enquanto os dois Lestranges ficavam ao lado esquerdo, assumindo o lugar que antes era de Lucius Malfoy.

— Bom trabalho, Bellatrix. — o Lord disse. — Comandou direitinho esta operação.

Bellatrix ofegou, o rosto corando de uma hora pra outra. Abriu e fechou a boca várias vezes, antes de dizer:

— Obrigada, Milorde! Tudo pelo senhor. — e estava escrito em seus olhos que ela estava completamente louca. Não que isso importasse muito para Lord Voldemort.

Harry não disse nada, esforçando-se para não pensar em Hermione ou em seu esconderijo. Amaldiçoou-se mais uma vez por não ter aprendido Oclumência quando pôde. Agora, o único que poderia ajudá-lo estava ali, ao lado de Bellatrix Lestrange, assumindo seu lugar como o segundo braço direito, Severus Snape.

Lord Voldemort levantou-se e puxou o menino Potter junto. Harry ficou em pé, cambaleando, e encarou o homem desfigurado à sua frente. Dava nojo de ver, mas Harry esforçou-se para não se desconcentrar-se. O Lord riu, um riso demoníaco, um riso que só ele sabia. Harry sentiu seu estômago revirar-se dentro de si, mas não sabia se era efeito da tortura ou do homem.

— Veio para morrer¹. — Lord Voldemort sussurrou, com triunfo. Harry sentiu vontade de cuspir em seu rosto, mas controlou-se porque sabia que estaria em maus lençóis se fizesse aquilo. Se bem que pior do que estava não podia ficar...

— Ora, ora... Antes de matar, irei precisar de algumas informações suas, Potter. — o Lord disse. — Onde está Draco Malfoy?

— Eu não sei. Por que eu saberia? — Harry retrucou, mantendo sua mente ocupada no livro que ganhara de Ron “100 maneiras de cuidar de sua vassoura”.

— Não se faça de besta, Potter. Sei que o menino Malfoy correu procurando ajuda, e sei que foi você quem o ajudou. Tenho informantes, sabia?

— Eu sei. Ronald Weasley, não é? — Harry disse e já estava vendo tudo vermelho, porque estava morrendo de raiva do homem à frente.

— Ele mesmo. Não imaginava que seu melhor amigo o trairia, não é, Harry? — o Lord riu. Harry se concentrou nos suéteres que a Sra. Weasley tricotava para ele.

— Ele não me traiu. Ele fez exatamente o que combinamos de fazer. — Harry disse, e não fazia ideia do que estava dizendo. — Nós combinamos de que ele passaria informações erradas para vocês, e nos traria informações certas. Eu também sei que Rookwood lançou a maldição Imperius em Ron, mas nós já o livramos disso, porque esperávamos que fizessem isso. Vocês nunca estiveram um passo à frente.

Lord Voldemort só faltava rosnar, porque sua expressão demonstrava um ódio profundo. Ele devia saber que o que Harry disse era totalmente mentira, mas Harry não deixaria que ele entrasse em sua mente.

— E se eu dissesse que também esperávamos que fizessem isso? — o Lord perguntou, os olhos estreitando-se mais ainda. Harry pensou em Sirius, em seu ódio por Bellatrix.

— Vocês não poderiam. Não tem inteligência o bastante para isso. — Harry sorriu cínico.

— Crucio! — Bellatrix gritou e Harry caiu gritando novamente. Lord Voldemort não se movera nem um milímetro para impedir que a comensal fizesse aquilo, mas depois de algum tempo, disse:

— Pare Bella. — Bellatrix obedeceu rapidamente e Harry levantou-se, apoiando-se no braço direito, porque o esquerdo estava quebrado.

— Milorde, ele o insultou! Esse mestiço bastardo o insultou, milorde! Ele não sabe que o senhor é o homem mais inteligente que já existiu!

— Obrigado, Bella. — o Lord disse, sorrindo de canto.

— É mentira! — Harry gritou. Não importava que pudesse morrer agora, não deixaria que mentisse daquela forma. — O homem mais inteligente que já existiu foi Albus Dumbledore! Dumbledore foi o bruxo mais poderoso dos últimos tempos, ele ajudou a fabricar a pedra filosofal!

— Mas está morto, o nosso querido Snape o matou. — Voldemort dissera, achando graça no surto do menino. — Esse foi o erro de Dumbledore. Ele confiou demais nas pessoas erradas, porque Snape nunca esteve arrependido. Ele é um dos comensais mais fiéis a mim.

— Sim, porque é um maldito traidor, vira-casacas! Príncipe, não é, Snape? — Harry gritou, mas não fazia ideia do perigo em que estava se metendo. — Você é só um bastardo que foi ridicularizado em Hogwarts, e agora vive amargurado porque a minha mãe não preferiu você! Ainda bem. Eu me suicidaria se fosse seu filho.

— Garanto que eu faria o mesmo se você fosse meu filho, Potter. Você herdou a mesma prepotência de seu pai, sempre achando que pode sair ileso de qualquer coisa. — Snape disse, friamente, e parecia que nenhuma das palavras de Harry o afetou. — E, para evitar mal entendidos, eu nunca iria querer uma sangue-ruim como sua mãe.

Harry já não estava raciocinando direito, apenas sentia o ódio transbordar em suas veias. Não precisava mais se esforçar para pensar em outra coisa, porque pensava em sua mãe e seu pai e como odiava Snape, em como odiava Peter Pettigrew, que estava atrás da cadeira de seu mestre, por tê-los entregado.

— Esse não é o assunto dessa discussão, Severus. — o Lord dissera e Severus empertigara-se, desculpando-se. — Vamos, Harry Potter, diga-me onde está Draco Malfoy e poderei matar-lhe mais rápido.

— Eu não sei onde a doninha está! — Harry exclamou, e pouco se importava se Lord Voldemort entendia ou não o apelido. — Eu já disse!

— Tudo bem. — Lord disse. Harry estranhou que ele tenha desistido tão fácil. — Vamos atrás da sangue ruim Granger, ela deve saber algo.

— Não! — Harry gritou, antes que pudesse se refrear. Eles não deviam saber onde Hermione estava, e Harry só a entregaria se continuasse daquele jeito.

— Ela viverá por mais algum tempo se me disser onde está Draco Malfoy. — Lord Voldemort barganhou, mas Harry sabia que se entregasse Draco, entregava Hermione. Amaldiçoou o dia em que Draco Malfoy dirigiu-lhe a palavra.

— Eu não sei onde ele está. — Harry sussurrou, aflito. Não achava mais lembranças fortes o bastante para que pudesse pensar. Não poderia envolver Hermione. — Por favor, deixem-na livre.

— Talvez. Ela não merece a magia que corre em suas veias. — o Lord disse. — Pelo visto, você não tem informações que possam me ajudar. É uma pena. Adeus, Harry Potter. Volte para os braços da mamãe.

Harry tentou argumentar, tentou manter-se vivo por mais algum tempo para que pudesse salvar Hermione, mas não tinha forças para levantar-se. A maldição Cruciatus tirara-lhe toda as forças. Viu o jato verde vindo em sua direção e a última coisa que pensou foi “Amo você, Hermione.”, e logo tudo se tornou escuro e ele não ouviu mais os risos histéricos de Bellatrix e nem os gritos de triunfo dos comensais. Tudo estava em paz para ele. Reveria as pessoas importantes em sua vida, porque todas, com exceção de Hermione e os Weasley, já haviam ido. A morte não era tão ruim, afinal.
x~x~x~x~x~x~x

Continua.

¹: Sim, plagiei Tio Voldy em DH.2 da forma mais descarada possível. 8D

Ah, até quem fim esse capítulo saiu! Merlin, tava difícil! D: Tão difícil que eu ouvi quase todas as minhas músicas pra sair, e saiu em uma hora e meia. O começo foi tenso, depois a coisa se desenrolou. ._.’

Comentários não matam, praga das autoras sim. 8D
Cap de Barbara

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