terça-feira, 28 de dezembro de 2010

4° Capitulo da fic povo!

Pessoal, nós tres conversamos, e decidimos que o nome definitivo da fic é "Enquanto você estava fora", entao, ai vai o 4° capitulo:

Quando ele foi embora

Os pesadelos se tornavam mais constantes, seus pais jaziam no chão a seus pés, o Lorde o perseguia, jatos verdes vinham em sua direção. Não havia mais escapatória. A noite de Draco fora assim, o pouco que conseguiu dormir, foi assolado por tenebrosos pesadelos. Sua noite havia sido péssima, ao contrário da do casalzinho ternura no quarto da frente, tiveram uma noite bem agitada, mas pareceu não durar  muito.
Quando ele desistiu de tentar dormir, levantou-se de sua cama e vestiu-se. Desceu as escadas para a cozinha e lá encontrou Potter – com cara de idiota, espera, ele sempre teve essa cara – fazendo o café da manhã, e colocando tudo em uma bandeja prateada:
-- Noite agitada, hein Potter?! – provocou Malfoy.
-- Você ainda está vivo? Que pena, eu pensei que depois do comentário de Ron ontem à noite, você pensaria seriamente na opção do suicídio. – rebateu Harry com o mesmo sarcasmo afetado na voz.
-- Nossa! Você pensa? Juro que dessa eu não sabia! – disse Draco não parecendo afetado com o comentário de Harry.
Harry não teve resposta para isso. Draco resolveu fazer ele próprio o seu café. Ficou horrível, um Malfoy não estava acostumado a fazer coisas desse tipo por conta própria.
Harry subiu as escadas levando consigo a bandeja atulhada de itens, ‘Ele tem que repor as energias, cinco minutos o cansaram bastante... ’ pensou Malfoy. Terminado seu café – com gosto de bicho papão, ou de feijãozinho de suor de trasgo – ele voltou ao seu quarto. Estava com saudades de seus pais, isso ele não podia negar.
Andou até sua bolsa que estava largada no chão, e dela tirou uma carteira de couro de dragão, uma mostra de como Malfoys eram ricos e poderosos. De dentro da carteira ele puxou um pedaço de papel amassado e sujo, um recorte de jornal, com a foto de seus pais. A matéria de onde ele foi retirado, contava sobre o encontro de dois corpos identificados como Lucius e Narcissa Malfoy. Ele estava em Hogwarts quando acontecera, e não acreditou quando um colega sonserino lhe trouxe o jornal que noticiava a morte de seus pais. Saiu correndo do Salão Comunal da Sonserina, e dirigiu-se até a sala do diretor, Severus Snape, para lhe perguntar sobre os planos do mestre, e o porquê de seus pais estarem mortos. ‘Garoto tolo’, foi o que ele respondera, ‘você acha mesmo que as tolices de seus pais seriam perdoadas? Eles não mereciam nada alem da morte que tiveram, há muito que atrapalhavam os planos de Lord Voldemort. E é melhor você correr, o próximo pode ser você, você sabe que o mestre gosta de cortar o mal pela raiz... ’ Na mesma noite Draco preparou suas malas, pegou sua vassoura e fugiu de Hogwarts, sem falar para ninguém aonde ia, ou o que pretendia. Mas não foi muito longe, havia alguns comensais vigiando Hogsmeade, e o viram passar voando, o seguiram claro, com licença para matar. Conseguiu despistá-los, e foi encontrar-se com o informante – Ronald Weasley – e ele o contou onde era a casa segura em que Harry Potter se encontrava. Não seria fácil chegar ate lá. Mas depois de uma semana vagando pelo país, sendo perseguido por comensais, perdendo a sua varinha, ficando várias noites sem dormir, ele finalmente chegara à casa dos Granger, onde não fora tão bem recebido assim...
Ficou assim, fitando a foto durante Deus sabe quanto tempo, até que ouviu a porta do quarto ao lado se abrindo, e passos descendo a escada. ‘Potter está indo embora’ pensou. E nesse instante, ele sabia que Potter não voltaria vivo dessa missão, fosse qual fosse. Hermione ficaria desamparada, os Weasley a acolheriam, e ele, bem, ele ficaria sozinho no mundo, talvez virasse um membro da Ordem, mas nunca seria aceito completamente pela sociedade.
Resolveu ficar em seu quarto por mais algum tempo, não queria ver a despedida melosa do casal. Passada meia hora, ele não aguentava mais ficar naquele quarto abafado, desceu as escadas, e encontrou Hermione chorando no sofá.
Seu rosto estava vermelho, seus olhos inchados, mas ela ainda conservava a beleza que sempre tivera. Seus cabelos presos em um rabo de cavalo, sua calça jeans larga, sua blusa amarela, tudo a fazia parecer mais bonita. Draco não podia acreditar que ela estava chorando por causa de Potter, ele não merecia isso, e por um milissegundo, Draco chegou a desejar ter uma mulher bela como ela para chorar por ele. Era um pensamento egoísta, mas ele também precisava de alguém que o amasse, mesmo que por pouco tempo. Sua vida sempre fora cercada de mentiras e ordens a serem obedecidas, nunca de amor, sempre de regras a serem seguidas, nunca de conforto por parte da família.
-- Malfoy! – surpreendeu-se Hermione.
-- Oi. – disse Draco fazendo parecer que ele ainda não notara o choro da morena, apenas para dar-lhe tempo de enxugar suas lágrimas em uma almofada.  Draco sentou-se no sofá oposto ao de Hermione.
-- Dormiu bem? – perguntou a garota meio tímida. Ela queria mesmo fazer aquilo? Queria mesmo aprofundar o relacionamento dos dois até o ponto de virar uma amizade?
-- Um pouco. – respondeu Draco indeciso. – E você? – perguntou com a mesma timidez.
O rosto da castanha enrubesceu no mesmo instante, Draco sabia o porquê, ela havia tido uma noite... Muito agitada... Ele não tocaria no assunto. Percebendo a burrada que cometera, Draco tentou concertar as coisas:
-- Bem, o que vamos fazer hoje? – perguntou tentando parecer descontraído. – Você vai trabalhar?
-- Bom, eu não trabalho, não seria uma opção para mim. O Ministério está capturando sangues ruis e os interrogando, por isso, eu não posso aparecer no mundo bruxo por um tempo.
-- Mas você poderia tentar um emprego trouxa. – insistiu Draco.
-- Eu não acho que seria legal, não gosto de nenhuma profissão dos trouxas.
-- Bem, pode ser indelicado de minha parte, mas, como você consegue dinheiro para a comida? Para as contas da casa? – Draco não sabia de onde vinha tanta curiosidade sobre o modo de viver de Hermione, mas decidiu que queria saber mais, conhecer melhor aquela mulher.
-- Bom, eu tenho bastante dinheiro trouxa guardado, e também tenho uma boa quantidade de dinheiro bruxo, acho que da pra viver por um longo período com isso. – respondeu a morena sorrindo um pouco.
-- Eu espero não dar muitos gastos para você. Mas, você sabe, pode me mandar embora a qualquer momento. – disse Draco em tom de brincadeira.
Os dois riram juntos do comentário dele. Então, como se uma rajada de vento entrasse pela janela, os dois pararam de rir instantaneamente, e ficaram um instante em silencio.
 -- Malfoy, – disse a morena calmamente – Eu percebi que em momento algum você mostrou interesse na missão de Harry. Posso saber o porquê? – perguntou Hermione calmamente.
-- Bem, desde o começo, eu não queria ser um incomodo, e sabe, eu tenho educação. Também não queria me meter nos assuntos de Potter. E honestamente, se eu perguntasse você me contaria?
-- Bem, acho que não seria possível. Por que... Bem, por que... – disse Hermione séria.
-- Porque vocês ainda não confiam em mim. – Draco terminou a fala de Hermione.  – Mas você é muito educada para dizer, não é? - Draco disse, sorrindo meio sem graça
O rosto da morena tornou-se levemente corado, ela já estava se acostumando com as indiretas de Malfoy.
-- Bem, é melhor eu começar a preparar o almoço. – e dizendo isso, levantou-se do sofá indo até a cozinha.
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Os dias passavam lentamente, o natal estava cada vez mais próximo, já fazia duas semanas que Harry se fora, e não mandara notícias. Hermione estava preocupada, ficar em casa não a ajudava, ela se sentia muito melhor quando ia ao mercado, mesmo tendo que levar Malfoy junto.
-- Só não me deixe muito feio. – reclamou Malfoy pela enésima vez, quando Hermione foi fazer o feitiço em seu rosto para mudar suas feições, para assim, ele poder sair de casa sem ser reconhecido.
-- São apenas algumas mudanças básicas. E não se ache muito bonito. – disse Hermione sarcástica. Draco apenas soltara um risinho debochado. Depois de duas semanas juntos, ele não conseguia mais ficar bravo com ela.
Com o feitiço concluído, eles saíram de casa, e foram fazer as compras de natal. Passaram o caminho inteiro conversando sobre como Hermione tinha esperanças de que Harry viesse passar o natal em casa, sobre o presente que ela deveria dar-lhe, conversaram basicamente sobre Potter, o que não agradou muito Draco.
Chegaram em casa por volta das seis horas, Hermione  desfez o feitiço de Draco e foi fazer o jantar,enquanto Draco guardava as compras.
Estavam os dois em completo silencio, quando a campainha tocou. Draco sentiu seu corpo todo gelar, Hermione ficou paralisada no lugar, nenhum dos dois conseguia se mover.
-- Sou eu! – gritou uma voz conhecida, Ronald Weasley, os dois continuaram em silêncio.
-- Prove! – gritou Hermione.
-- No sexto ano você usou o feitiço Confundus em Cormac Mclaggen, durante o teste para goleiro da Grifinória, por sua causa, eu entrei no time. – disse Ron.
-- Você realmente fez isso? – perguntou Draco indignado.
-- Fiz. – admitiu Hermione completamente vermelha. – Você pode abrir a porta? É que eu...
-- Claro. – concordou Draco, já que a garota estava ocupada.
Draco dirigiu-se até a porta, olhou pelo olho mágico, e viu o rosto, deformado pela lente, de Ron Weasley. ‘Ele está mais feio que o normal. ’ Pensou Draco enquanto abria a porta.
-- Ahh, você ainda esta aqui. – disse Weasley com cara de nojo.
-- Estou – rebateu Malfoy, o olhando com a mesma expressão.
-- Vocês dois parem já com isso! – uma voz feminina veio da cozinha. – E tratem de vir aqui.
-- Hermione... – resmungaram em uníssono.
Os dois andaram obedientemente ate a cozinha, onde Draco retomou sua tarefa de guardar as compras, e Ron sentou-se à mesa.
-- Esta tudo bem por aqui Mione? – perguntou o ruivo dando uma olhada de esguelha para Malfoy.
-- Claro, porque não estaria? Você aceita uma xícara de chá?
-- Eu não posso me demorar, eu tenho umas noticias ruins para lhe dar... – e nesse momento seu rosto empalideceu ainda mais, sua boca se curvara em uma expressão de culpa e arrependimento, ódio de si mesmo. Então, Draco soube que as noticias que Ron trouxera não fariam bem para Hermione, pois ele sabia que eram sobre Harry.
-- Aconteceu alguma coisa com Harry? – perguntou a morena já desesperada.
--Acho melhor você se sentar Hermione. – disse Malfoy com o olhar sério, por mais que ele odiasse Harry, ele se preocupava com o bem estar de Hermione.
Ela estava perdida em seus pensamentos, mas aceitou a sugestão de Draco.
-- Bem, – continuou Ron – Até onde sabemos, Harry foi capturado pelos comensais, e levado pra Deus sabe onde. – disse Ron de uma vez só.
Nesse instante, Hermione começou a chorar desesperadamente. Draco se sentiu muito incomodado por vê-la chorar por um cara que não a merecia.
-- Quando isso aconteceu? – perguntou Malfoy tentando parecer calmo diante da situação desesperadora.
-- Há dois dias, foi o que nosso informante disse. – respondeu Ron.
-- Eu não acredito! Como Potter pode ser assim tão idiota para se deixar ser pego por comensais?! - Gritou Draco.
-- Hermione, não se preocupe, de agora em diante, eu cuidarei de você. – disse Ron em um tom reconfortante enquanto passava a mão pelo rosto de Hermione, enxugando suas lágrimas.
-- Não, eu cuidarei dela. – disse Draco. – Você trabalha para a Ordem, e ainda tem que manter as aparências para o ministério, e eu fico apenas em casa, eu posso muito bem protegê-la.
-- Mas você nem tem uma varinha. – rebateu Ron.
-- Me traga uma, então! Se você me trouxer uma, eu a usarei apenas para a proteção de Hermione! – Draco não sabia de onde vinha tanta vontade de protegê-la, mas, ele queria retribuir o que Hermione fizera por ele de algum jeito.
-- Você não pode ter uma varinha, quem sabe o que você poderia fazer com a Hermione? Vocês ficam dias dentro dessa casa, só os dois, quem sabe as coisas terríveis que você faria caso tivesse uma varinha! – explodiu Ron.
-- Weasley, como você...
 -- Parem de falar de mim como se eu não estivesse aqui! – o súbito grito de Hermione fez os dois rapazes voltarem a realidade, Hermione agora estava pálida e com uma aparência frágil. – Eu realmente acho uma boa ideia Draco ter uma varinha... Seria útil. E quanto a Harry, -- ela dizia cada bem lentamente, como se estivesse falando com duas crianças. – mantenha-me informada, Ron, sobre cada descoberta da Ordem. Eu vou para o meu quarto agora.
Ela subiu as escadas silenciosamente, com certeza estava chorando.
-- Eu acho melhor você ir agora, Weasley. – Draco disse calmamente.
-- Eu também. – concordou o ruivo. Andou ate a porta, mas antes de sair disse: -- Cuide bem dela, ainda mais agora que ela está abalada, eu conheço a Mione, ela nunca vai mostrar suas verdadeiras emoções, você terá que ter muita paciência com ela.
Dizendo isso, foi embora, deixando uma Granger totalmente abalada, e um Malfoy confuso.
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Bom, povo! Despeço-me por aqui!
O capitulo terminou com esse ar de choro, mas a mione tem o draquinho pra consolar ela!
Bom, desculpa se o capitulo ficou grande, mas é que a criatividade estava a mil!
Beijus
By Amanda, a Grifinória de plantão!
Ps: Comentar não mata ninguém, mas meu death note mata... Então, comentem! *-*


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